Tune.FM, uma startup de streaming de música, está tentando desafiar gigantes como Spotify e Apple Music com uma abordagem inovadora baseada em criptomoedas. Enquanto os serviços tradicionais operam por meio de assinaturas, a Tune.FM utiliza um sistema descentralizado, permitindo que os usuários paguem por cada música que ouvem usando tokens JAM, a criptomoeda da plataforma.
Ao contrário de plataformas como Spotify, que pagam de US$ 0,003 a US$ 0,005 por reprodução, ou Apple Music, que paga cerca de US$ 0,01, a Tune.FM promete pagar aos artistas até US$ 0,01 por minuto transmitido. Isso poderia representar uma grande mudança na forma como músicos são remunerados, garantindo ganhos significativamente maiores por suas criações.
Fundada por Andrew Antar, um violinista clássico com formação em Brown University, a Tune.FM também oferece NFTs e outros colecionáveis de artistas, gerando novas fontes de renda. Recentemente, a empresa garantiu um compromisso de US$ 50 milhões da Global Emerging Markets (GEM) para a compra de tokens JAM, o que permite à Tune.FM converter esses tokens em dinheiro para financiar suas operações.
Antar acredita que a tecnologia web3 é essencial para revolucionar o pagamento de artistas e monetização musical. Ele também destaca que o uso de criptomoedas não será uma barreira para os usuários comuns, já que a plataforma utiliza termos mais acessíveis, como “crédito” em vez de “cripto”, e “colecionável” no lugar de “NFT”.
Apesar de já ter atraído 20.000 usuários ativos mensais, Tune.FM ainda tem um longo caminho pela frente. A plataforma planeja investir em tecnologia, expandir sua equipe e criar um espaço no metaverso para hospedar festivais de música. Além disso, está em negociação com grandes artistas e gravadoras, prometendo novidades em breve.
Antar não se preocupa com a concorrência de plataformas como TikTok ou YouTube, acreditando que o modelo financeiro inovador da Tune.FM, baseado em criptomoedas e tokenização, é o diferencial que pode transformar a indústria musical. “Estamos criando um novo modelo de negócios para a indústria e a economia global da música”, diz ele.